Parte dos líderes europeus está tirando proveito da atual crise de saúde pública para reprimir dissidências e fortalecer seu poder.
Enquanto autoridades na Turquia prendem centenas de pessoas por postagens em redes sociais e na Rússia a população é ameaçada de prisão por qualquer publicação considerada notícia falsa, há temores de que a democracia esteja em risco na Polônia e já tenha sido varrida na Hungria.
Debate semelhante acontece no Brasil. Neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro participou de um ato que defendia a intervenção militar no país, provocando reações de políticos, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ministros do Supremo Tribunal Federal. “Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, disse o presidente, em discurso que foi transmitido ao vivo em rede social.
“Invocar o AI-5 e a volta da ditadura é rasgar o compromisso com a Constituição e com a ordem democrática”, publicou no Twitter o ministro do STF Gilmar Mendes. No dia seguinte, Bolsonaro, que vem perdendo apoio, moderou o tom e falou em respeito ao regime democrátrico.
*Com informações da BBC News*