‘Não encontramos indícios de invasão’, diz delegado sobre caso registrado em condomínio de luxo na Ponta Negra

Foto: Erlon Rodrigues / PCAM

A Polícia Civil do Amazonas já ouviu 11 pessoas no inquérito que investiga o homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues do Santos, de 42 anos, que teve o corpo encontrado em um terreno no Tarumã, zona oeste de Manaus, na tarde de segunda-feira (30). Segundo as investigações, não há indícios de que tenha havido invasão ao condomínio Passaredo, onde a vítima estava com outros quatro homens.

“Nós ouvimos até agora cinco seguranças, e não encontramos indícios de que possa ter ocorrido uma invasão. Mas também não descartamos que possa ter havido um acesso autorizado. Então, nós começamos a trabalhar com a hipótese de acesso autorizado”, afirmou o delegado Aldeney Góes, titular do 19º Distrito Integrado de Polícia (19º DIP), que está investigando o caso.

Algumas imagens de câmeras de segurança foram obtidas pela investigação, mas não havia monitoramento na residência e nem imagens da via em frente a casa. Apesar de haver câmeras instaladas, elas foram danificadas após forte chuva ocorrida na sexta passada. As equipes de investigação e perícia também já estiveram na casa, para coleta de informações. Vestígios de sangue foram encontrados no local.

Todas as quatro pessoas que estavam na residência com Flávio já foram ouvidas. Na residência moravam Alejandro Molina Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus, Elizabeth Valeiko; e Vitório Del Gato. Além de Flávio, também estavam na casa José Edvandro Martins de Souza e Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior, que teve ferimentos de faca nas costas e prestou depoimento na tarde de hoje.

“As primeiras pessoas que ouvimos nos narraram que havia ocorrido um roubo e que uma pessoa teria sido sequestrada. Nós, primeiro temos que colher as informações e averiguar. As teses colocadas para nós têm que ser apuradas. Não nos basta recebê-las e descartá-las. Nós temos que descartar narrativas por meio de técnica”, disse Góes.

Os moradores da residência não indicaram nenhum objeto que tenha sido levado. Os celulares das vítimas e o carro de Flávio também estavam no local. Na madrugada de domingo, José Edvandro registrou Boletim de Ocorrência no 19º DIP, localizado na Ponta Negra, informando que dois homens encapuzados e armados teriam entrado na residência onde ele estava com os amigos, ferido Alejandro e levado Flávio.

“Neste primeiro momento, todos são ouvidos como informantes do processo. Em um segundo momento, se houver conflitos ou se tivermos a materialidade, havendo indícios de autoria que apontem para alguém, aí esses indivíduos serão chamados novamente para serem ouvidos na qualidade de investigados”, ressaltou o delegado.

Segundo a necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal em Flávio, a morte foi causada por facadas. Foram identificadas seis perfurações. Duas perfurações no abdômen, duas nas costas e duas nas coxas.

 

 

*Com informações da assessoria*