Líder de seita sexual é condenado a mil anos por abuso de mulheres

Adnan Oktar, líder de um culto sexual apocalítico, foi condenado, pelo tribunal de Istambul (Turquia) por 10 crimes. Adnan, de 64 anos, é o chefe da seita

Líder de seita sexual condenado a mil anos por abuso de mulheres
Foto: Divulgação

Adnan Oktar, líder de um culto sexual apocalítico, foi condenado,  nesta segunda-feira (11), pelo tribunal de Istambul (Turquia) por 10 crimes, entre eles agressão sexual, abuso sexual de menores, fraude, sequestro, extorsão e tentativa de espionagem política e militar. Ele deverá cumprir uma sentença de 1.075 anos de prisão, segundo a emissora NTV.

Adnan Oktar, de 64 anos, é o chefe de uma seita considerada uma organização criminosa pelos promotores. Enquanto pregava visões conservadoras, Oktar mantinha uma espécie de harém, cujas integrantes eram chamadas por ele de “gatinhas”, quase todas submetidas a várias cirurgias plásticas.

As “gatinhas” costumavam ser vistas dançando em programas “religiosos” apresentados por Oktar na TV online – a A9 – da qual é dono. Oktar é tido como muito próximo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre quem ele chegou a dizer que “merecia comandar a Turquia até o fim dos tempos”.

Cerca de 236 suspeitos foram julgados no caso, 78 dos quais estão presos, de acordo com a agência de notícias oficial Anadolu. Durante o julgamento, Oktar chegou a dizer ao juiz que tinha cerca de mil namoradas.

Os favores sexuais do seu “harém” eram estendidos a membros da cúpula da seita. Pessoas que deixaram o culto afirmaram, na condição de testemunhas, que Oktar comandava a seita com mão de ferro, chegando a decidir a que cirurgias plásticas as mulheres deveriam se submeter.

“Todas tinham que ser iguais. O penteado, os sapatos, as jaquetas… Tinha que ser das marcas mais caras, como Versace e Gucci”, revelou uma delas.

Uma das mulheres no julgamento de Oktar identificada apenas como CC, disse ao tribunal que o líder da seita havia abusado sexualmente dela e de outras mulheres repetidamente. Algumas das mulheres que ele estuprou foram forçadas a tomar pílulas anticoncepcionais, CC disse ao tribunal.

Questionado sobre 69 mil pílulas anticoncepcionais encontradas em sua casa pela polícia, Oktar disse que elas eram usadas para tratar doenças de pele e irregularidades menstruais. A teologia de Oktar, que também usava os nomes de Adnan Hoca e Harun Yahya, prega que a teoria da evolução das espécies é uma farsa e que o fim do mundo está próximo.

 

*Com informações do Hypenss*