No último sábado, a CBF vetou o retorno dos torcedores aos estádios da Série A do Campeonato Brasileiro. A medida foi tomada em uma reunião com representantes de 19 equipes da elite do nacional depois do Ministério da Saúde autorizar a volta de até 30% do público. Apenas o Flamengo não participou da conversa.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou que a entidade vai seguir conversando com os times para pensar no retorno, mas afastou a possibilidade de isso acontecer agora e de haver, de fato, 30% da capacidade das arenas preenchidas.
“Após o Ministério Público permitir até 30% do público, nós perguntamos aos clubes. 19 são absolutamente contra a voltar nesse momento. Acredito que o debate deva prosseguir, ouvindo sempre as autoridades de saúde. E, se voltar, nós voltaríamos lá para frente com a aprovação dos nove estados e onze municípios, com uma volta gradual e isonômica. Ou seja, se todos os clubes puderem ter a sua torcida, com toda a proteção necessária, com 500 ou mil pessoas, jamais 20 mil”, contou.
Feldman ainda aproveitou para ressaltar a eficácia do protocolo adotado pela CBF para a realização de partidas no Brasil. Segundo ele, o futebol brasileiro pode ser um exemplo a ser seguido pelo mundo.
“Nós estamos muito tranquilos em relação a responsabilidade sanitária. Tudo é feito em cima de protocolos científicos e técnicos, as mais modernas informações do mundo. O protocolo, se for seguido, temos certeza que, além de tudo, dará uma grande contribuição casuística dessa pandemia, de como é possível voltar as atividades com toda a segurança, seguindo todos os protocolos”, completou.