Bolsonaro mantém aprovação estável em 40%; desaprovação é de 47%

Pesquisa mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem 40% de aprovação e 47% de desaprovação, margem de erro de 2 pontos percentuais.

Bolsonaro mantém aprovação estável em 40%; desaprovação é de 47%
Foto: Sérgio Lima/Poder360

Pesquisa mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem 40% de aprovação e 47% de desaprovação. Os números se mantiveram estáveis, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais.

Há 15 dias, segundo o último levantamento, 41% aprovavam a administração federal e 49% desaprovavam. De lá para cá, Bolsonaro evitou proferir ataques a adversários e fazer declarações controversas a jornalistas na porta do Palácio da Alvorada. A última vez que o presidente falou no “cercadinho” de proteção da portaria da residência oficial da Presidência foi em 9 de junho.

O novo estudo  começou a ser realizado na segunda-feira (06), dia em que o presidente revelou ter sintomas da covid-19 –doença causada pelo novo coronavírus– e que iria fazer o exame. A divisão de estudos estatísticos seguiu com as entrevistas até quarta-feira (08).

Há 30 dias, a desaprovação ao governo era de 50%. Agora, está em 47%. Ao mesmo tempo, a taxa dos que dizem não saber se aprovam ou desaprovam foi de 10% a 13%. Quando começa a se formar uma mudança de tendência, é natural que parte dos eleitores passe 1 período de “pit stop” dentro do grupo mais indeciso.

Nos últimos 30 dias, Bolsonaro fez 1 esforço para criar menos atritos com a mídia, adversários e integrantes dos outros Poderes da República. Houve uma redução na temperatura política. Agora, é necessário aguardar outros estudos de opinião para saber se as curvas seguem a trajetória que parece estar se formando neste momento.

A confirmação ou não virá, que é a única empresa de pesquisas no Brasil que tem feito desde abril 1 levantamento a cada 15 dias, com abrangência nacional. Os resultados permitem acompanhar de maneira minuciosa como os brasileiros têm reagido à pandemia de coronavírus e qual tem sido o impacto sobre a aprovação do governo.

RENDA E APROVAÇÃO

Quando se leva em conta o rendimento dos entrevistados, a taxa de aprovação mais alta é no grupo dos desempregados e sem renda fixa (49%) –justamente quem recebe o auxílio emergencial. Há 15 dias, a aprovação dentro desse grupo era de 44%. A alta de 4 pontos percentuais veio depois da prorrogação do benefício por mais 2 meses.

A desaprovação é maior entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (69%).

O gráfico a seguir mostra o desempenho do governo federal estratificado por gênero, idade, região, escolaridade e renda.

A pesquisa foi realizada de 6 a 8 de julho de 2020, divisão de estudos estatísticos, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Conheça mais sobre a metodologia lendo este texto.

TRABALHO DE BOLSONARO

Também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A avaliação positiva do desempenho pessoal de Bolsonaro é a mesma de 15 dias atrás: 29%.

Também permaneceu em 20% o percentual de pessoas que consideram a atuação de Bolsonaro regular.

A rejeição do presidente se manteve alta. Em 15 dias, o percentual daqueles que consideram o governo como “ruim” ou “péssimo” passou de 48% para 46%, com variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

  • Quem mais rejeita e aprova?
    • avaliam positivamente: homens (34%), moradores da região Norte (40%), e desempregados e sem renda fixa (34%);
    • avaliam negativamente: mulheres (48%), nordestinos (50%), pessoas com ensino superior (58%) e os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (58%).

O quadro a seguir mostra como cada classe socioeconômica avalia o presidente ao longo do tempo. Os melhores desempenho de Bolsonaro (assim como de seu governo) são entre os mais pobres (ou seja, os desempregados e sem renda fixa). Houve alta de 3 pontos percentuais nesse grupo em 15 dias, também depois da prorrogação do auxílio emergencial.

OS 20% QUE ACHAM REGULAR

DataPoder360 ainda mostra para onde vão os que acham o trabalho de Bolsonaro regular (20%). O cruzamento dos dados indica que nesse grupo 42% aprovam o governo e 28% desaprovam.

Há 1 mês, entre os que consideram o desemprenho do presidente regular, a aprovação era de 59%.

*Com informações da Assessoria*