Parte essencial da identidade carioca está nesse simples biscoito que costumava correr por todas as praias do Rio durante os tempos normais. Mas devido à pandemia de coronavírus, a sua icônica embalagem deixou de ser vista na cidade maravilhosa. Sem sua principal fonte de renda, a tradicional fábrica dos Biscoitos Globo fechou temporariamente pela primeira vez na sua história. A informação é do jornal O Globo.
Segundo os donos da produtora de biscoitos de polvilho, com as praias interditadas e com as aulas suspensas, a demanda praticamente acabou. Enquanto boa parte era distribuída por ambulantes nas praias da Zona Sul, outra importante remessa era destinada às cantinas escolares no Rio de Janeiro. Agora, resta apenas a produção direcionada aos mercados, que não representa o suficiente para a empresa continuar a operação.
A icônica fábrica que ficava lotada durante a alvorado na Rua do Senado, no Centro do Rio, agora só opera em contratos um pouco maiores. Além disso, a empresa vai ter que reciclar dezenas de embalagens de papel, com datas de validade erradas, para tentar contornar os danos.
“Coloco duas ou três pessoas para produzir, mas somente alguns pedidos específicos, que valham a pena. É muito triste isso. Nosso carro-chefe é o biscoito vendido nas embalagens de papel, revendido nas ruas e nas praias. Como ninguém sai de casa e a praia está proibida, não temos para onde correr”, concluiu o dono.
A Biscoitos Globo reiterou ainda que não demitiu nenhum funcionário, mas os mantém em férias coletivas após a redução das atividades.
A redução da atividade econômica durante a pandemia é uma realidade no Brasil. No Rio de Janeiro, a associação de Bares e Restaurantes apontou o fechamento definitivo de 10% dos estabelecimentos do tipo. O desemprego aumento em 1% durante a pandemia. Expectativas internacionais apontam para uma redução de 5 a 6% no PIB Brasileiro.
*Com informações da Hypeness*
