Em depoimento à Polícia Civil na madrugada da terça-feira (1º), o adolescente de 12 anos que é apontado como responsável pela morte de Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9, disse ter brincado com a menina no Parque Anhanguera, na região de Perus, zona norte de São Paulo, antes de agredi-la e matá-la.
Quem revelou o conteúdo do depoimento foi o delegado Luiz Eduardo Marturano, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).
Segundo ele, o garoto de 12 anos afirmou que começou a brigar com Raíssa por algum motivo que não revelou. Passou a agredi-la com as mãos e um graveto de árvore.
Depois, amarrou-a pelo pescoço em uma árvore. Continuou então a agredi-la nas pernas e no rosto até matá-la. Quando foi amarrada, ela ainda estava consciente.
Em seguida, ainda de acordo com o delegado, o adolescente chamou um Guarda Civil Metropolitano e disse a ele que havia encontrado um corpo dependurado em uma árvore.
O garoto ficará em internação provisória de 45 dias na unidade da Fundação Casa do Brás, no centro de São Paulo, até que o inquérito esclareça definitivamente o caso.
Amizade entre o adolescente e Raíssa
A polícia não descarta a participação de uma terceira pessoa no assassinato. O próprio adolescente se contradisse em seus depoimentos. Chegou a mencionar a presença de um homem na hora do crime, mas depois desmentiu essa versão.
A morte de Raíssa, que supostamente tinha autismo, aconteceu no domingo, 29. Ela e o adolescente de 12 anos estiveram juntos em uma festa no CEU (Centro Educacional Unificado) Anhanguera, de onde a menina desapareceu.
Raíssa tinha ido a esse evento, que aconteceu no estacionamento do CEU, em companhia da mãe e do irmão mais novo.
Raíssa e o adolescente moravam perto e vinham convivendo com frequência nos dias anteriores à tragédia.
Os pais do garoto o descreveram como problemático, com um histórico de malcriações com professores. A polícia ainda aguarda um laudo psicológico do adolescente.
*Com informações da Catraca Livre*