Curso sobre brinquedista aponta a importância desse nicho de mercado

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A brincadeira como recurso pedagógico é uma atividade antiga, tendo suas primeiras aplicações na Roma e Grécia, no século XVI, quando o propósito era ensinar o alfabeto. Os estudos têm mostrado que o ato de brincar é benéfico não somente ao corpo, mas também à memorização, ao raciocínio e desenvolvimento de outras habilidades. Pouco falado, o “brinquedista” é um exemplo de profissional de Pedagogia que atua nesse ramo, com o objetivo de coordenar espaços de lazer, podendo, inclusive, ser tratado como oportunidade de negócio e gerar renda.

A importância desse nicho de mercado será tratado em capacitação promovida neste sábado (14/09), pelo curso de Pedagogia da UniNorte. Será um curso de formação direcionado a alunos da instituição, detalhando o papel de um brinquedista e a importância desse profissional. Além disso, a atuação dele dentro de uma brinquedoteca, na organização do espaço e o que dizem as teorias de aprendizagem sobre as melhorias trazidas por meio das brincadeiras.

Segundo o coordenador do curso, Wenderson Silva, ao longo do semestre haverá na UniNorte diversas atividades de formação para os alunos nessa área, inclusive ensinando como a função pode ser lucrativa e complementar às finanças. “O brinquedista, além de ser um pedagogo, é identificado como uma profissão pelo Código de Ocupação Brasileiro. O profissional pode ganhar o dinheiro dele nos finais de semana, organizando brinquedotecas, espaços nas escolas, em hospitais, feiras, bienais ou qualquer local carente de brincadeira”, explica o professor.

Wenderson explica que a formação focada em negócios ainda não tem data definida, mas adianta que será realizada em parceria com o curso de Administração da UniNorte. A ideia é formar alunos com visão empreendedora acerca da profissão. “Por isso, vamos disponibilizar essa formação de brinquedoteca enquanto espaço empreendedor, em como esse brinquedista pode conseguir empréstimos, financiamentos e até linhas de crédito para montar o próprio negócio, através de um plano a curto, médio e longo prazo”.

Importância para todas as idades

O psicopedagogo argumenta que Manaus possui uma demanda grande para brinquedistas. Shoppings, parques, praças públicas, segundo ele, são lugares onde a presença de um espaço comandado por um profissional da área faria muita diferença, tanto para crianças quanto para adultos. Wenderson explica que a brincadeira é inerente a qualquer idade. “Existem espaços para terceira idade e adultos, com brincadeiras para todas as faixas etárias. Há duas categorias de brincadeiras para estes grupos, que são jogos chamados de movimento, onde temos manja, caça-ao-tesouro, entre outros, e jogos sedentários, que demandam raciocínio, memorização ou a efetivação de uma ideia”, pontua.

Para crianças, ele explica que as brinquedotecas carregam enorme relevância por estarem relacionadas com o desenvolvimento humano. Ele explica quais brincadeiras são indicadas dentro de cada faixa etária. “Para crianças que estão em processo inicial de socialização, de 0 a 2 anos, é indicado o chocalho. De 3 a 4 anos, jogos de caixa, de 5 a 6 anos, quebra-cabeça, e assim por diante. Cada brinquedo desenvolve um conjunto de habilidades e elas vão influenciar diretamente na vida pessoal e profissional quando forem adultos. Está provado que as pessoas que não brincam têm problemas na comunicação, socialização, desenvolvimento e administração de emoções”.

O especialista reforça que a brincadeira deve ser uma atividade presente por toda a vida do indivíduo. “Muitas pessoas não percebem o poder da brincadeira dentro de uma sociedade que precisa cumprir metas e prazos. É muito importante desmistificar essa ideia de que brincar é perder tempo, ou coisa parecida. Brincar é uma forma de cuidar do corpo e da mente como um todo”.

 

*Com informações da assessoria*