No Dia Nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos (05), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) alerta sobre como a utilização indevida dessas substâncias pode causar adversidades sem a devida orientação médica.
De acordo com a farmacêutica e chefe do Departamento de Políticas de Assistência Farmacêutica da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), Mie Guimarães, a automedicação e as consequências do uso irracional de medicamentos têm o potencial de acarretar riscos à saúde.
“A automedicação pode ser considerada como um elemento do autocuidado, mas, quando feita de forma inadequada, de forma abusiva e experimental, utilizando doses e para tratamentos fora das indicações contidas nas bulas, pode representar riscos irreversíveis à saúde”, esclareceu Mie.
Quando utilizados para tratamentos de doenças, os medicamentos têm um papel relevante no processo. Entretanto, a partir do seu uso de maneira incorreta ou do consumo sem prescrição médica, podem causar desde intoxicação a casos mais graves, que podem afetar órgãos essenciais, tais como fígado e rins.
A eficácia de um medicamento em um indivíduo também não significa que o mesmo efeito ocorrerá em todos que ingerirem a substância química, consequentemente podendo causar um quadro de saúde nocivo a quem aderir sem avaliação médica.
“A automedicação tem sido uma constante, até mesmo em casos de enfermidades simples, como dor de cabeça e febre, seja pela busca por formas de prevenção por conta própria, pelo medo do desconhecido, por se sentirem mais seguras”, apontou Mie.
Recomendações – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) listou algumas ações que direcionam a população ao uso correto de medicamentos.
Segundo a Anvisa, antes de começar a usar o medicamento, é necessário que o paciente leia a receita médica com atenção e não suspenda o uso do medicamento por conta própria ao apresentar melhora.
O paciente deve anotar todos os medicamentos com o nome e quantidade de cada um e nunca alterar a dose diária recomendada. Existem, ainda, medicamentos que podem ser vendidos sem receita, como os analgésicos, antigripais, entre outros, mas não significa que eles não possam trazer riscos à sua saúde.