Os sete erros que põem Brasil no ‘lockdown’, segundo especialistas

Brasil chegou a um cenário tão crítico dos sistemas de saúde por causa do coronavírus que a única saída agora seria uma maior restrição da circulação.

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Regiões brasileiras chegaram a um cenário tão crítico de calamidade dos sistemas de saúde por causa do coronavírus que a única saída agora seria uma maior restrição da circulação de pessoas e até lockdowns, de acordo com especialistas.

Lockdown é o termo em inglês para confinamento ou isolamento compulsório, e pode ter diferentes graus de rigor, da restrição maior de transporte público e privado ao bloqueio total de entradas de cidades ou Estados. É diferente da adesão voluntária da população ao isolamento social porque pode restringir a circulação de pessoas através de bloqueios e punições – de multas a detenção -, como ocorreu na Itália e na Espanha, por exemplo.

O objetivo do isolamento das pessoas, voluntário ou compulsório, é reduzir as contaminações pelo coronavírus e ganhar tempo para que os sistemas de saúde possam atender os pacientes mais graves. Se muita gente estiver infectada de uma vez pode não haver leitos para todos – como já acontece em alguns Estados do Brasil que atingiram ocupação máxima de leitos de UTI.

“Temos aumento de casos, aumento de mortes e redução de isolamento. Não vejo outra solução a não ser tomar uma medida muito mais forte, muito mais extrema”, diz Paulo Lotufo, epidemiologista da USP.

O Brasil começou bem com o isolamento social com alguma antecedência, mas cometeu alguns erros ao longo do caminho que colocou o país na rota do lockdown. A BBC News Brasil falou com cinco especialistas da área de saúde para entender que erros foram esses e por que o confinamento pode ser a melhor solução para algumas regiões.

*Com informações da UOL*