A Argentina teve que descartar nessa segunda-feira (05) 400 doses da vacina Sputnik V que ficaram fora da refrigeração necessária. Autoridades desconfiam de uma ação intencional para sabotar o processo de imunização no país, que teve início em 29 de dezembro.
O caso ocorreu no Hospital Provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Olavarría, a 350 km de Buenos Aires.
“Na madrugada desta segunda-feira foi registrada uma sabotagem no Hospital provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Ola-varría, devido à perda da cadeia de frio de 400 doses da vacina Sput-nik V por fatos de extrema gravidade”, diz comunicado do Ministério da Saúde argentino.
O diretor da Região Sanitária IX, com jurisdição em Olavarría, disse que na madrugada de segunda-feira (04) a transmissão da câmera de segurança que registra imagens do freezer da vacina foi interrompida.
“Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que registra imagens do freezer às 02h50 da madrugada e a conexão não voltou. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital”, afirmou.
“Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação“, completou.
Em 24 de dezembro, a Argentina recebeu 300 mil doses da vacina Sputnik V. O acordo com a Rússia prevê o envio de outras 19,7 milhões de doses ao país de janeiro a fevereiro, com opção de compra de mais 5 milhões.
A Argentina tem 1,6 milhão de contágios e 43.600 mortes por covid-19. A previsão é que o país tenha 13 milhões de pessoas vacinadas de janeiro a março de 2021.
