Sergio Moro deixa Podemos e assina filiação ao União Brasil

Ainda não há informações se Moro vai continuar na disputa pela Presidência da República nas eleições de outubro.

Foto: Divulgação.

O vice-presidente do União Brasil em São Paulo, Junior Bozzella, disse hoje que o ex-juiz Sergio Moro se filiou ao partido. O partido ainda não determinou qual cargo o ex-ministro da Justiça concorrerá nas eleições deste ano.

“O Sergio assinou a ficha e agora é a gente somar esforços com relação aquilo que vai determinar o estilo do país”, disse Bozzella, em coletiva de imprensa.

Bozella não confirmou se Moro vai continuar na disputa pela Presidência da República nas eleições de outubro. Há a expectativa do ex-juiz deixar a disputa presidencial, anunciada quando entrou no antigo partido, o Podemos, para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.

‘’[Ele] não tem garantia de absolutamente nada, é um filiado como outro qualquer e foi muito humilde, muito singelo, no sentido de se colocar como um soldado do União Brasil. Quando você abre mão de seus projetos pessoais, você mostra seu desprendimento à população. Moro entra num partido e se submete às regras desse partido.

Moro se filiou ao Podemos em novembro do ano passado dizendo ter o propósito de ser candidato ao Palácio do Planalto.

Durante o Podemos

Moro se filiou ao Podemos em 10 de novembro de 2021 já com ares de que disputaria a campanha presidencial pela sigla. Na ocasião, ele defendeu o legado do combate à corrupção pela Operação Lava Jato, que o projetou nacionalmente devido a sua atuação como juiz federal, e criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL), que integrou como ministro da Justiça e Segurança Pública.

Nas últimas pesquisas eleitorais, o ex-ministro vinha empatando com o pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, nas posições atrás do ex-presidente Lula (PT) e de Bolsonaro, que assumiram a dianteira das intenções de voto.

A pesquisa Datafolha divulgada no dia 24 de março, por exemplo, traz Moro com 8% das intenções de voto, enquanto Ciro registrou 6%. Na pesquisa Ipespe do dia 25 de março, o então pré-candidato do Podemos apareceu com 9%, enquanto o pedetista teve 7%.