Ramos tenta explicar ausência de Sinésio e Serafim em palanque do PT

Sem Sinésio Campos e sem Serafim Corrêa, Ramos tentou justificar que o presidente do PT tinha outros diretórios para visitar no interior do estado

O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) tentou explicar, em sabatina à Folha de São Paulo, o cenário contraditório do PT em Manaus, que apesar de pregar uma frente ampla, não contou com a presença do presidente da sigla em sua convenção. Ramos teve sua candidatura a prefeito de Manaus oficializada no último dia 4 e também não contou com o apoio do PSB, que tem como presidente Serafim Corrêa.

Serafim Corrêa inclusive está alinhado hoje com o União Brasil, partido que lançou Roberto Cidade à prefeitura de Manaus. Sem Sinésio Campos e sem Serafim Corrêa, Ramos tentou justificar que o presidente do PT tinha outros diretórios para visitar no interior do Estado no dia de sua convenção.

“União absoluta,. O deputado Sinésio, nós conversamos muito antes desse processo. O deputado Sinésio, mesmo eu sendo do PSD na eleição passada, eu fui o candidato a deputado federal dele e de muitas, na maioria das cidades do interior do Amazonas. O deputado Sinésio, como presidente estadual, nós optamos por dividir as tarefas. Ele cuida de 61 municípios do interior do estado e nós cuidamos da eleição em Manaus. Existiam outras convenções no mesmo dia e ele foi cumprir a sua tarefa como dirigente estadual do partido. Mas nós não temos nenhum ruído e temos absoluta unidade em torno da nossa candidatura”, sustenta o candidato.

Ramos também tentou explicar a ausência de Serafim Corrêa do seu palanque. O ex-deputado estadual é presidente do PSB no Amazonas, um partido que seria de muita relevancia dentro do palanque do PT tendo em vista o alinhamento nacional que a legenda possui com Lula. Segundo o candidato, a ausência de Corrêa foi um constrangimento para o presidente do PSB.

“A relação do PSB com a candidatura do governador, ela tem a ver com o fato do presidente do PSB, o ex-prefeito de Serafim Corrêa, ser secretário do governo, e tem a ver com as benesses oferecidas pelo candidato do governador, a chapa de vereadores do PSB. Não sou eu que vou julgar se isso é legítimo ou ilegítimo, a população vai julgar na eleição e a história vai julgar. O fato aqui é bastante constrangedor, não pra mim, mas para o PSB. O PSB está na chapa em que o candidato da vice-prefeito é o coronel Menezes, que era o principal articulador do governo anterior aqui, e alguém que de forma mais dura ataca o nosso governo, inclusive o governo do presidente Alkimin. Eu acho que isso não é constrangedor pra mim, é um constrangimento pro próprio PSB que embarcou no barco errado. E quem embarca errado nunca chega no destino que imagina”, disse Marcelo Ramos sobre PSB está no arco de Roberto Cidade.