PL se torna maior bancada da Câmara dos Deputados

O presidente Bolsonaro está filiado ao PL desde o final do ano passado. Vice-líder do PL, Lincoln Portela, comemora o crescimento da bancada.

Foto: Folhapress

A janela partidária, prazo aberto para candidatos trocarem de partido a tempo de concorrer nas próximas eleições, fecha-se na próxima sexta-feira (1º), mas já apresenta indícios de um vencedor na Câmara. O Partido Liberar (PL), partido de Bolsonaro, dispara como maior bancada da Câmara.

O PL chegou a 66 deputados e ainda negocia com outros quatro parlamentares, podendo ocupar 70 cadeiras na Casa. Até fevereiro, o partido tinha 43 deputados. A expectativa entre suas lideranças era de fechar o mês com algo em torno de 60 a 65 parlamentares.

A sigla tomou a liderança do União Brasil (resultado da fusão entre o DEM e o PSL), que chegou a ter 81 deputados em fevereiro, quando foi oficializado. Até o começo da semana, o PT tinha 53 representantes. Em terceiro lugar aparece o União, com 52; em quarto o PP, com 51.

Deputados estão apostando no atrativo de colar suas candidaturas à do presidente, mesmo com Bolsonaro aparecendo em segundo lugar nas pesquisas. Miram o eleitorado mais conservador em uma eleição que tende a ser polarizada entre o atual e o ex-presidente Lula.

Vice-líder do PL, Lincoln Portela (MG) comemora o crescimento da bancada. “Existe possibilidade de fecharmos, em tempo, com 70 deputados”, disse o deputado ao Congresso em Foco. Os novos egressos vêm, sobretudo, do União, bolsonaristas como Eduardo Bolsonaro (SP), Carlos Jordy (RJ), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), entre outros. Recebidos com pompa pelo presidente. Mudanças que, segundo Lincoln Portela, tornam o PL ainda mais conservador.

“O PL sempre teve um perfil de centro e, agora,  vamos adiante com o partido mais voltado para a direita. Esperamos que isso possa contribuir com o Brasil de alguma maneira. Consideramos importante o diálogo, o debate, a diplomacia vence a ideologia”, afirmou.