Pazuello diz que rede privada terá vacinas só depois que SUS for atendido

Eduardo Pazuello, disse que as clínicas privadas poderão importar vacinas contra a covid-19 só depois que a demanda do SUS for atendida.

Pazuello diz que rede privada terá vacinas só depois que SUS for atendido
Foto: Sérgio Lima/Poder360

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as clínicas privadas poderão importar vacinas contra a covid-19 só depois que a demanda do SUS (Sistema Único de Saúde) for atendida.

“Sim [rede privada poderá comprar], autorizado por nós, a partir do momento em que a gente já tenha cumprido o que a gente precisa receber. Claro que precisa comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos”, afirmou o ministro em sessão de debates no Senado Federal nesta quinta-feira (17).

Pazuello reafirmou que haverá um plano unificado de vacinação no país. Será um só plano para Estados e municípios, que receberão as vacinas simultaneamente. O volume que cada um receberá será proporcional ao tamanho da população nos grupos prioritários para a vacinação.

“É um plano só para um país só. Não haverá separação de Estado nem município, nem por classe de nada. Todos os brasileiros serão vacinados igualitariamente e todos os Estados receberão dentro da proporção dos grupos a vacina simultaneamente para que haja a vacinação grátis para todos os brasileiros”, declarou.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou na segunda-feira (14) que, assim que um imunizante contra a covid-19 estivesse autorizado para o sistema público, ele poderia também ser aplicado por hospitais e clínicas particulares.

O presidente da ABCvac (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), Geraldo Barbosa, disse que foi informado de que a permissão seria simultânea para a rede particular e o setor público no fim da semana passada.

A pasta disse aos senadores que trabalha com três laboratórios de forma mais avançada, mas que não rejeitará nenhuma vacina que possa ser produzida no Brasil ou importada de outros países. São eles: AstraZeneca/Fiocruz, Sinovac/Butantan e Pfizer/BionTech.

“Nós estamos falando de 500 mil doses da Pfizer em janeiro, 9 milhões de doses do Butantan em janeiro, e 15 milhões de doses da AstraZeneca em janeiro. A data exata é o mês de janeiro!”

Em que dia de janeiro seria possível iniciar o plano de vacinação ainda depende, entretanto, do acompanhamento diário da evolução das vacinas e das liberações pela Anvisa.

“Vamos ter 24,7 milhões de doses em janeiro. Janeiro é daqui a 30 dias –o meio de janeiro, eu quero dizer. Quando eu falo de meio de janeiro, para ser um ponto de corte, é daqui a 30 dias. Não são 6 meses”, disse.

“Para fevereiro, repete-se a Pfizer, aumenta-se o Butantan para 22 milhões e mantém-se a AstraZeneca com 15,2 milhões. Vai para 37,7 milhões de doses. Em março, outras 31 milhões de doses; a partir daí, equilibra-se o número.”

O ministério, entretanto, não teria certeza sobre quais e quantas doses de vacinas o Brasil terá nos meses de janeiro e fevereiro de 2021. Considerando as doses já adquiridas em contrato, a data mais próxima estipulada pelo governo seria até o início do 2º semestre de 2021 (sem especificar o mês exato).

 

*Com informações do Poder 360*