Mourão diz que ‘incidente’ com Gilmar Mendes está ‘superado’

“Eu acho que o ministro errou, mas esse incidente está superado, vida que segue”, disse o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão

Mourão diz que ‘incidente’ com Gilmar Mendes está ‘superado’
Foto: Alan Santos/ Presidência da República

Após afirmar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, deveria se retratar “se tiver grandeza moral” com relação à frase em que associou o Exército a um “genocídio” provado pelo novo coronavírus, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) classificou o episódio envolvendo o Exército e o magistrado como “superado”, durante entrevista para a Rádio Gaúcha na manhã desta sexta-feira (17)

“Eu acho que o ministro errou, mas esse incidente está superado, vida que segue, porque nós temos coisas muito mais importantes a resolver do que ficar discutindo essas picuinhas”, disse Mourão.

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Segundo o vice, as críticas devem “ser mantidas dentro da realidade em que está acontecendo”. Mourão utilizou o número de mortes por violência para rebater a acusação feita por Gilmar de que o “Exército está se associando a um genocídio”.

“Eu nunca vi também, ao longo do período que nós tivemos em torno de 60 mil mortos pela violência, ninguém dizer que estava acontecendo um genocídio“, comentou.

Polêmica

Em videoconferência realizada pela revista IstoÉ, Gilmar Mendes comentou o fato de o país estar sem um ministro da Saúde titular diante do agravamento da crise do coronavírus. Eduardo Pazzuelo, general da ativa, assumiu o ministério como interino desde a saída de Nelson Teich.

“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa”, afirmou Gilmar.

“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, prosseguiu.

 

*Com informações do Metrópoles*