Em depoimento à Polícia Federal, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou aos investigadores dados que comprovariam suposta ligação entre Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e esquema organizado de ataques virtuais e disseminação de fake news.
O parlamentar teria mostrado aos investigadores IPs de computadores diretamente relacionados a disparos das notícias falsas e das ofensas cibernéticas. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Um dos IPs estaria ligado ao e-mail oficial de Eduardo, além de outros dois que correspondiam com computadores localizados em residências que estão no nome do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Brasília e no Rio de Janeiro.
A informações obtida por Frota é desdobramento de apuração promovida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. O tucano é um dos integrantes da CPMI.
Mais ligações
Não é a primeira vez que a CPMI aponta supostas ligações dos filhos de Bolsonaro com a propagação de notícias falsas e difamatórias.
Em outro episódio, um documento mostrou que um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro usou um computador da Câmara dos Deputados para criar página com ataques pessoais a adversários políticos. O documento faz parte do conjunto de informações fornecidas à comissão pelo Facebook.
A conta, que foi apagada após a divulgação, era chamada “Bolsofeios” e foi registrada a partir de um IP dentro da Câmara. O IP é um número único, usado para identificar cada computador conectado a uma rede.
O e-mail do cadastro na página é utilizado por Eduardo Guimarães, secretário parlamentar de Eduardo Bolsonaro. Notas fiscais apresentadas à Câmara por Eduardo Bolsonaro em janeiro mostram que Guimarães usou esse mesmo e-mail como endereço de contato.
O Metrópoles procurou Eduardo Bolsonaro para comentar o caso, mas ele não havia respondido até a última atualização desta reportagem.