A disputa pela Prefeitura de Manaus está indefinida, segundo pesquisa eleitoral divulgada nesta terça-feira, 1º, a pouco mais de três semanas para o início oficial da campanha. De acordo com o estudo, 60% dos eleitores ainda não tem um candidato favorito. Na pergunta espontânea, quando o eleitor não recebe uma sugestão de nomes para escolher em quem votaria, apenas 27% dos entrevistados citaram o nome de um pré-candidato; 9,5% disseram que não pretendem votar em ninguém e 3,5% citaram pessoas que não estão entre os pré-candidatos conhecidos. A pesquisa é a primeira realizada pela empresa Perspectiva Mercado e Opinião e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número AM 03768/2020.
O ex-prefeito Amazonino Mendes (Podemos) lidera as intenções de votos em todos os cenários e tem a segunda maior rejeição (34,1%) entre todos os pré-candidatos, ficando atrás apenas da rejeição de Alfredo Nascimento, do PL (35,8%). Considerando a margem de erro que é de 3,1% e o grau de confiabilidade em 95%, ambos estão em empate técnico neste quesito. A pesquisa entrevistou mil pessoas no período de 24 a 30 de agosto, na região urbana de Manaus.
A preferência do eleitor na pergunta espontânea foi a seguinte: Amazonino Mendes obteve 10,5% e David Almeida (Avante) atingiu 6,2%. Os demais 12 nomes apresentados somaram 10,3% das respostas; 9,5% responderam que não pretendem votar em ninguém ou anularão o voto e 3,5% citaram outros nomes que não são pré-candidatos à prefeito de Manaus. “A tendência é este número de indecisos começar a cair a partir do final de setembro, quando já forem conhecidos oficialmente os postulantes e for permitida a propaganda eleitoral”, afirma o especialista em marketing e comunicação e diretor da Perspectiva, Durango Duarte. Nesse período, segundo ele, a Perspectiva deverá realizar o segundo estudo registrado no TSE.
Na pergunta estimulada, quando foram apresentados 14 nomes para livre escolha do entrevistado, Amazonino obteve 27,4% da preferência e David Almeida 15,3%. Somente essas duas opções de voto totalizam 42,7% das intenções, o que já representaria mais de 50% dos votos válidos. José Ricardo (PT) obteve 7,9%; Capitão Alberto Neto (Republicanos), 6,0%; Marcos Rotta (Democratas), 4,9%, e Alfredo Nascimento, 4,4%. Com números muito próximos, Ricardo Nicolau (PSD) alcançou 3,0% da preferência; Chico Preto (Democracia Cristã), 2,9%; Josué Neto (PRTB), 2,8%, e Hissa Abraão (PDT), 2,7%.
De acordo com Durango, que é estudioso da política amazonense, David, que liderava as pesquisas até o final do ano passado, perdeu a posição para Amazonino, que abriu boa vantagem nos últimos meses. “Foi uma virada que aconteceu mês após mês até Amazonino estabilizar no patamar que está hoje, abaixo dos 30%”, explicou Duarte. Para ele, a grande dúvida é se Amazonino vai conseguir crescer com a propaganda eleitoral. Se mantiver o atual percentual, já estará qualificado para o segundo turno.
Segundo turno
A Perspectiva testou cinco cenários para o segundo turno e em todos eles, Amazonino Mendes venceria. A disputa mais acirrada é contra David Almeida, com um empate técnico e uma leve vantagem de Amazonino: 43,5% contra 41,6 de David. A maior diferença no segundo turno está na disputa entre as maiores rejeições do quadro atual: Amazonino e Alfredo Nascimento. Neste cenário, o vencedor teria 50,7% e Nascimento 19,9%. Contra Alberto Neto, o resultado seria 47,1% a 32,7%. Contra o petista José Ricardo, Amazonino teria 49,5% contra 30,8%. E sendo Ricardo Nicolau o oponente no segundo turno, Amazonino teria 53,9% e Nicolau 24,5%.
Gestão Arthur Neto
O governo do prefeito Arthur Neto, que encerra em quatro meses, tem aprovação de 37,4% da população e é reprovado por 21,3%. Os que consideram a administração municipal regular são 41,3% dos manauaras. Arthur é prefeito pela terceira vez, sendo que esta última sequência de dois mandatos já contabiliza sete anos e oito meses consecutivos de gestão.
De acordo com as determinações do TSE, a Perspectiva Mercado e Opinião informa que esta pesquisa foi executada com recursos próprios e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 03768/2020, com 1.000 entrevistas na cidade de Manaus, entre os dias 24 e 30 de agosto. A margem de erro é de 3,1%, para mais ou para menos, com grau de confiabilidade de 95%, o que significa dizer que a cada 100 entrevistas feitas com a mesma metodologia, pelo menos 95 estão dentro da margem de erro prevista.