Eduardo Pazuello detalha ações de enfrentamento à pandemia

Aquisição de mais vacinas e medidas de apoio ao Amazonas foram alguns dos assuntos tratados na sessão

Pazuello fala à Polícia Federal sobre ações contra covid-19 no Amazonas
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou na tarde desta quinta-feira (11/02) da sessão de debates temáticos do Senado Federal para falar sobre as ações da pasta no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Em sua fala de abertura, Pazuello agradeceu ao convite dos parlamentares para detalhar, de forma direta, as medidas tomadas pelo Governo Federal para controle da doença.

É uma honra estar aqui para prestar contas ao Senado e ao Brasil de forma direta. Falarmos no Senado é o fórum correto para não deixarmos nenhuma dúvida do que está acontecendo”, disse.

Pazuello começou explanando a estratégica de logística de distribuição dos imunizantes pelo país: “Temos quase cinco milhões de doses já aplicadas no Brasil e 11,5 milhões de doses já distribuídas. Optamos por não fazer reservas de doses e distribuir imediatamente. Não fizemos reserva em galpões do Ministério da Saúde. Não faremos estoque”, afirmou.

O ministro também esclareceu as dúvidas dos senadores sobre o andamento da campanha de vacinação no Brasil e mostrou as negociações abertas pela pasta com laboratórios de todo o mundo para aquisição de mais doses, como com as empresas Bharat Biotech/Precisa, Jansen, Moderna, Instituto Gamaleya/União Química e Pfizer, além dos acordos já fechados com o consórcio Covax Facility, AstraZeneca/Fiocruz e Sinovac/Butantan – os dois últimos responsáveis pela fabricação de vacinas em solo nacional.

A partir do dia 15, teremos o primeiro lote de fevereiro feito pelo Instituto Butantan: serão de 6 a 8 milhões de doses entregues. Em relação à AstraZeneca, a primeira parte do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) está em produção pela Fiocruz, com as doses ficando prontas entre o final de fevereiro e o início de março. Até lá, desse laboratório, teremos vacinas importadas, do instituto indiano Serum ou da Covax”, explanou.

Nós vamos vacinar o país em 2021: 50% até junho e 50% até dezembro, da população vacinável. Esse é o nosso desafio, é o que estamos buscando e é o que vamos fazer”, ressaltou Pazuello.

Através de uma linha do tempo, o ministro mostrou o acompanhamento feito pelo Governo Federal à situação epidemiológica do Amazonas. Além disso, detalhou as ações de apoio ao estado com relação aos estoques de oxigênio, transferência de pacientes e reforço da rede hospitalar local, explicando que a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite – não depende apenas da gestão federal, mas também das estaduais e municipais.

Levei todos os meus secretários para Manaus. Pactuei com o governador para agirmos juntos. Foi assim que começamos a ganhar guerra. Juntos, e não dividindo […]. Não dá mais para ficar transportando oxigênio. Temos que fabricar oxigênio no local. E isso é uma estratégia do Ministério da Saúde. Vou atender a todos os estados da Amazônia”, reafirmou.

Pazuello reforçou que, mesmo com a vacinação em andamento, a população deve seguir com as medidas preventivas para controle da disseminação do coronavírus, além de manter a orientação de buscar ajuda médica aos primeiros sintomas.

Temos que manter o uso de máscara, temos que manter a estratégia de afastamento social. Tem que manter os cuidados, principalmente o atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Elas precisam estar preparadas para atender a população. E é o atendimento imediato. O que sempre quisemos dizer é para as pessoas não ficarem em casa até ter falta de ar. Isso vai evitar que a doença se agrave e que se lote os hospitais”, explicou o ministro.