Dallagnol sai em defesa de procurador suspeito de receber propina

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O chefe da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, usou suas redes sociais neste sábado (30) para defender o procurador Januário Paludo, citado em mensagem do doleiro Dario Messer por supostamente ter recebido propina em troca de proteção, de acordo com informações do UOL.

Dallagnol disse “confiar integralmente” no procurador. “Januário é um dos procuradores mais diligentes, dedicados e competentes do MPF. Conheço ele há 15 anos e confio integralmente nele”, disse o procurador.

O procurador divulgou ainda o conteúdo de uma nota emitida pela MPF repudiando as informações prestadas na reportagem.

A denúncia de envolvimento de Paludo com o doleiro será apurado pela corregedoria do Ministério Público, de acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR). Em uma troca de mensagens com a namorada, Dario Messer afirmou ter pago propina ao procurador, membro da força tarefa da Operação Lava Jato no Paraná.

As conversas de Messer com sua namorada Mayra Athayde ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidas pela Polícia Federal durante a operação Patrón, na última fase da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Nos diálogos com Mayra, o doleiro fala sobre os processos que responde e sobre o encontro de uma das testemunhas com Januário Paludo. Messer completa afirmando que o procurador é um dos destinatários de “parte da propina paga pelos meninos”.

Os meninos, segundo as investigações, seriam os delatores Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca. Ambos eram operadores do esquema de lavagem de dinheiro, a exemplo de Messer até serem presos.

Em depoimentos, eles disseram ter pago US$ 50 mil por mês (cerca de R$ 200 mil) ao advogado Antônio Figueiredo Bastos em troca de proteção junto à PF e ao Ministério Público Federal (MPF). O advogado, um dos maiores responsáveis por fechar acordos de delação premiadas da Lava Jato, negas as acusações.

 

*Com informações do Metrópoles*