Bancada amazonense reage a decreto e diz que ‘o caminhos será judicial’

O senador Eduardo Braga diz que confia que o STF irá ajudar a proteger mais de 100 mil empregos diretos do AM.

Foto: Divulgação.

A bancada amazonense usou as redes sociais nas últimas horas para criticar o decreto publicado pelo governo federal nessa quinta-feira (28) que zera a alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para refrigerantes. Além disso, os representantes disseram que o caminho será judicial.

Em vídeo, o senador Eduardo Braga (MDB) diz que ”essa é mais uma ação para enfraquecer a Zona Franca de Manaus. Nossa esperança é exatamente o Supremo Tribunal Federal que, ao longo desses 55 anos, nos momentos graves e críticos, sempre defendeu o modelo Zona Franca de Manaus”.

Senador Eduardo Braga. Foto: Divulgação.

Além disso, ressalta que o modelo emprega mais de cem mil amazonenses. “Esse modelo que hoje é, não apenas aquele que gera mais de 100 mil empregos no Amazonas, empregos diretos, fora outros 400 ou 500 mil empregos indiretos, ele também é responsável por ser o maior programa de conservação ambiental da Floresta Amazônica no mundo”, afirmou Braga.

senador Omar Aziz (PSD) também usou suas redes sociais para criticar a publicação do decreto. “Mais um ataque direto do presidente Jair Bolsonaro contra os amazonenses e contra a Zona Franca de Manaus.”

Senador Omar Aziz. Foto: Divulgação.

Assim como Braga, Omar aponta a preocupação com os impactos que o decreto pode causar ao Amazonas e aos trabalhadores que dependem diretamente do setor.

“Esse ataque atinge os trabalhadores de Manaus e também do interior, efetivamente de Maués, que produz guaraná, e Presidente Figueiredo, que produz o açúcar da Coca-Cola. São 7 mil empregos diretos em risco. Um absurdo às vésperas do dia do trabalhador.’’

O senador afirma que o caminho será judicial. “Vamos acionar todas as esferas possíveis para reverter esse ataque absurdo.”

Já o deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD), também se manifestou sobre a decisão. “Não me parece haver outro objetivo que não a maldade com o povo do Amazonas”.

Deputado federal Marcelo Ramos. Foto: Divulgação.

Assim como os senadores, Ramos apontou que o Amazonas é hoje, o único lugar onde se produz concentrados em todo o país. “Esse decreto não ajuda ninguém e ainda prejudica a Zona Franca de Manaus”, disse em transmissão pelo Instagram.

Marcelo pontou que caminhos judiciais estão sendo tomados para evitar a concretização do decreto.