O Estado do Amazonas possui o total de 131 gestores – entre secretários, ex-secretários, diretores de institutos, fundações, agências, hospitais e outros – com contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conforme lista divulgada pelo órgão, na última sexta-feira (14).
Entre os nomes mais conhecidos que constam na listagem está Eron Bezerra (PCdoB), que é ex-secretário de produção Rural (Sepror); os ex-secretários de Educação, Vicente Nogueira e Gedeão Amorim – que atualmente atua como vereador na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e é candidato a reeleição.
Também são citados na relação o ex-presidente do Fundo Estadual de Esportes e ex-vereador Fabrício Lima; a ex-secretária do Trabalho, Iranildes Caldas; o ex-secretário da Sepror José Aparecido; além da ex-secretária de infraestrutura, Waldívia Alencar.
Além disso, constam, ainda, três nomes envolvidos na Operação Maus Caminhos – que investiga esquema milionário que desviou mais R$ 104 milhões da saúde do Estado –, o ex-secretário da Fazenda, Afonso Lobo, o ex-secretário da Saúde, Wilson Alecrim, além do ex-secretário-executivo de Saúde, José Duarte dos Santos Filho.
Eleições 2020
A lista com os considerados “fichas-sujas” foi encaminhada aos gabinetes do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Aristóteles Lima Thury; ao procurador Regional Eleitoral, Rafael da Silva Rocha, e à procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Nascimento Albuquerque.
Embora não torne os gestores inelegíveis automaticamente, a lista é um dos critérios utilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Ministério Público Eleitoral para determinar a inelegibilidade.
No governo atual
Mesmo inadimplentes, alguns dos gestores que constam na lista do TCE, exercem, atualmente, algum cargo no Governo do Amazonas, como é o caso de Valdenor Pontes, diretor do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que teve as contas da Sepror reprovadas, em relação ao exercício financeiro de 2016, quando comandava a pasta.
Além dele, o atual superintendente da Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH), Jorge de Almeida Barroso, também teve as contas julgadas irregulares, mas desta vez, do ano de 2017. Na época, ele estava à frente do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
E, por último, o titular da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), Alexandre Henrique Araújo, que também teve as contas da Sepror, do exercício de 2019, julgadas irregulares pelo TCE-AM.
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