Pesquisa mostra que 47% dos brasileiros acham que o presidente Jair Bolsonaro não deve continuar no comando do país. A taxa teve queda de 5 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado de 22 a 24 de junho.
O apoio para que o presidente mantenha-se no cargo teve alta de 4 pontos percentuais em duas semanas. Passou de 38% para 42%.
O presidente tem criado menos atritos com a mídia, adversários e integrantes dos outros Poderes da República. A nova atitude presidencial fez cair a temperatura política no último mês, o que refletiu nos percentuais. Houve uma variação positiva para Bolsonaro na percepção sobre sua permanência na Presidência.
A pesquisa foi realizada de 6 a 8 de julho de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Os clamores para a saída de Bolsonaro, seja por vontade própria (renúncia) ou forçada (impeachment), estão diretamente relacionados à avaliação de sua gestão.
Entre os que acham o presidente deve continuar no Planalto, 93% o avaliam como “ótimo” ou “bom”. Apenas 7% consideram “ruim” ou “péssimo”. A rejeição dos que defendem a saída de Bolsonaro é de 87% e a aprovação é de só 3%.
A estratificação do levantamento mostra que o desejo de que Bolsonaro deixe o governo é maior entre:
- mulheres: 49%;
- pessoas de 25 a 44 anos: 49%;
- pessoas com ensino superior: 61%;
- moradores do Sudeste: 52%;
- quem recebe de 5 a 10 salários mínimos: 65%.
Já a permanência de Bolsonaro no Planalto é mais defendida por:
- homens: 46%;
- jovens de 16 a 24 anos: 48%;
- pessoas com ensino médio: 48%;
- moradores do Norte: 64%;
- desempregados e sem renda fixa: 49%.