ONG alerta que morre uma criança por dia no Nordeste da Síria

De acordo com a ONG, quase 300 mil pessoas foram obrigadas a abandonar os locais de residência, sendo que muitas áreas ficaram vazias.

Foto: Al-Issa/ Unicef/ ONU

A organização não governamental (ONG) Save the Children alertou nesta quinta-feira (09), em comunicado, que “morre uma criança por dia” na província síria de Idlib, devido à ofensiva governamental contra o último reduto de “insurgência”.

        Veja mais: ONU diz que 180 mil deixaram casas na Síria fugindo de ofensiva turca

“De 20 de dezembro de 2019 a 7 de janeiro, 36 crianças em Idlib foram assassinadas, segundo dados do grupo Hurras, associado da Save the Children, incluindo nove crianças na primeira semana de 2020”, informa a organização.

“Uma criança assassinada por dia não é aceitável”, afirma Sónia Khush, da direção da Save the Children para a Síria, acrescentando que os “números são provisórios” e podem aumentar.

De acordo com a ONG, quase 300 mil pessoas foram obrigadas a abandonar os locais de residência, sendo que muitas áreas ficaram vazias.

“Milhares de famílias começaram o ano novo tentando desesperadamente fugir da violência. Fogem sem destino, apenas com aquilo que conseguem levar e, para muitos, não é a primeira vez que têm de escapar”, diz a nota.

A Save the Children avisa que as baixas temperaturas e o clima úmido do inverno aumentam as necessidades básicas das crianças e das famílias mais vulneráveis.

“Centenas de pessoas dormem nas ruas de Idlib (Noroeste da Síria) e não têm um lugar para onde ir, depois de os bombardeios terem provocado a fuga em massa da população da cidade de Maarat Al Nauman e das áreas próximas”, indica ainda o comunicado.

Maarat al Numan é o próximo objetivo das tropas sírias, apoiadas pelas forças da Rússia, no combate às “fações insurgentes” que se mantêm na cidade.

Idlib – praticamente dominada pela Organização de Libertação do Levante, aliança islâmica que integra os antigos membros da Al Qaeda – é o principal objetivo militar de Damasco e Moscou na campanha que começou em abril de 2019.

 

*Com informações da Agência Brasil*