Torcida do São Paulo ajuda corintiano a encontrar família após 21 anos

Fazendo ações sociais desde 2009, quando foi criada, os membros da torcida organizada conseguiram unir um corintiano à sua família

Torcida do São Paulo ajuda corintiano a encontrar família após 21 anos
Foto: Divulgação

A torcida organizada do São Paulo, Dragões da Real, em Jaú (SP) deu um bonito exemplo de como a rivalidade é bem mais produtiva quando ela só fica dentro dos gramados. Fazendo ações sociais desde 2009, quando foi criada, seus membros conseguiram unir um corintiano à sua família, a qual não via há 21 anos. As informações são do portal UOL.

Na semana passada, Everton Savero, o Tom, presidente da entidade, e outros são-paulinos, foram distribuir cachorros quentes para moradores de rua. Em um terminal rodoviário, encontraram um senhor com uma camisa do Corinthians. Entregaram o lanche para ele e foram fazer outras doações.

Ao voltarem à rodoviária, viram o senhor compartilhando seu lanche com outros moradores de rua que haviam chegado. Comovidos com o ato de solidariedade, os membros da torcida organizada entregaram lanches para todos e tiraram uma foto com o corintiano.

Ao compartilhar a imagem no Instagram, o comentário do açougueiro Israel Cavalcanti, de Campinas, chamou a atenção. “É o Tiziu! É o padrasto da minha mulher que está desaparecido há 12 anos. Ninguém sabia onde ele estava, se estava vivo ou morto”.

Israel mostrou a foto para sua mulher e a mãe dela, Márcia. Elas identificaram Tiziu, como Oide Felisberto Fernandes, 47 anos, ex-marido de Márcio, pai de três de suas filhas.

“Foi muito bom saber que ele está vivo. Se ele pretender voltar, eu e as filhas vamos dar uma força pra ele. Não somos ricos, pagamos aluguel, mas vamos dar uma ajuda pra ele não viver na rua. Ele vai morar dentro da nossa casa. Ainda mais nesse momento agora [da pandemia do novo coronavírus], não vamos deixa ele na rua. Se ele quiser vir, eu peço ajuda de vocês para mandar ele embora pra cá”, disse Márcia.

As duas partes agora planejam um reencontro, que pode acontecer no Dia das Mães (10). “Eu tô chorando de alegria”, disse o corintiano à reportagem. “Ainda mais agora que acabei de ouvir a moça que é a mãe das minhas filhas. Isso acelera o coração do velhinho. Ela nunca fechou as portas pra mim”.

*Com informações do Metrópoles*