A Meta foi multada em € 265 milhões (US$ 277 milhões) por não ter conseguido evitar o vazamento de dados pessoais de 533 milhões de usuários do Facebook ao redor do mundo. A multa, determinada pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, é a terceira aplicada à companhia com base na regulamentação da União Europeia para proteção de privacidade, criada em 2018.
Como a sede da Meta na Europa fica na Irlanda, cabe ao órgão regulador irlandês fiscalizar sua atuação no âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados, um arcaboço regulatório que exige uma série de salvaguardas de empresas de tecnologia para proteger as informações pessoais dos internautas.
Uma investigação da comissão irlandesa revelou que essas salvaguardas não foram respeitadas, favorecendo a violação da rede social por hackers. Dados dos usuários foram inicialmente vazados entre maio de 2018 e setembro de 2019.
Na ocasião, a Meta disse que os dados eram antigos e que haviam corrigido a falha em 2019. No entanto, os dados voltaram a aparecer num site hacker no ano passado. Entre as informações estão números de telefone e endereços de email.
A investigação focou nos seguintes aplicativos: Facebook Search, ferramenta para importação de contatos do Facebook Messenger e ferramenta para importação de contatos do Instagram.
Em nota, a Meta disse que “proteger a privacidade e segurança dos dados das pessoas é fundamental para nosso negócio” e que está cooperando com os reguladores.
Os órgãos reguladores europeus ganharam força com a Lei Geral de Proteção de Dados, que lhes deu o poder de aplicar multas de até 4% sobre as vendas anuais das big techs. Até agora, a multa recorde sob esse regulamento foi aplicada à Amazon, no valor de € 746 milhões, por uma instituição reguladora de Luxemburgo.
As outras duas multas aplicadas ao grupo Meta, de € 405 milhões (Instagram) e € 225 milhões (WhatsApp), foram ordenadas pela comissão irlandesa.
(*) Com informações do O Globo