UFMG integra estudo internacional e testará vacina contra HIV

Os testes da pesquisa batizada de Mosaico já começaram, mas ainda é possível se inscrever como voluntário para receber o imunizante

Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Mesmo em uma corrida contra o tempo para desenvolver vacinas contra a Covid-19, pesquisadores do mundo todo continuaram trabalhando para evitar também outras doenças, como o HIV.

Nesta semana, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que vai participar da fase de testes de um estudo internacional que busca desenvolver uma vacina contra o vírus. Os testes da pesquisa batizada de Mosaico já começaram, mas ainda é possível se inscrever como voluntário para receber o imunizante.
Podem se candidatar homens cisgênero – cuja identidade corresponde ao gênero atribuído no nascimento – ou pessoas trans que fazem sexo com homens cisgênero e/ou com outras pessoas trans. Além disso, também é necessário ter entre 18 e 60 anos de idade. A Faculdade de Medicina da UFMG é uma das instituições espalhadas por oito países diferentes que integram o estudo. Atualmente, a pesquisa está na fase 3, que testa a eficácia e segurança de vacinas contra o HIV.

Desafios

O professor titular Jorge Andrade Pinto, coordenador do grupo de pesquisa em Aids em crianças, adolescentes e gestantes e coordenador do estudo na UFMG, explica que o maior diferencial e o maior desafio da pesquisa são o mesmo: o objetivo de abarcar a proteção para vários subtipos de HIV. “Há a dificuldade de desenvolver uma vacina e depois a necessidade de cobrir essa diversidade de vírus”, explica.

“O HIV-1, que é o tipo mais comum, tem nove subtipos e várias formas recombinantes, em que esses subtipos se misturam. Essa é uma das grandes dificuldades para seu controle e a razão de ser tão difícil desenvolver uma vacina, mesmo passados mais de 30 anos dos primeiros casos”, ressalta o coordenador.