São Paulo adia carnaval e cancela Parada LGBTQI+

A nova data para o carnaval ainda não foi definida. O prefeito informou que os festejos só deverão ocorrer a partir de maio

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta sexta-feira, (24) o adiamento do carnaval e o cancelamento de eventos tradicionais, como a Marcha para Jesus e a Parada LGBTQI+, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A nova data para o carnaval ainda não foi definida. O prefeito informou que os festejos só deverão ocorrer a partir de maio, evitando o mês de junho para não coincidir com as festas de São João, muito concorridas no Nordeste do país. As datas mais prováveis para o carnaval seriam o fim de maio ou o início de julho.

“Batemos o martelo e estamos adiando o carnaval do ano que vem”, disse Covas hoje, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. “Tanto as escolas de samba quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade de realização do carnaval em fevereiro do ano que vem”, acrescentou o prefeito.

O adiamento dos desfiles e demais festejos carnavalescos vale para a capital.

Segundo Covas, no ano passado, o carnaval atraiu 120 mil pessoas para o sambódromo paulistano, gerando R$ 227 milhões para a prefeitura. Já o carnaval de rua juntou, durante três fins de semana, 15 milhões de pessoas, gerando R$ 2,75 bilhões.

Marcha para Jesus e Parada LGBTQI+

O prefeito anunciou também, após acordo com organizadores, o cancelamento de dois grandes eventos da capital: a Marcha para Jesus e a Parada LGBTQI+.

Marcada inicialmente para 13 de junho, a Marcha para Jesus foi adiada para 2 de novembro. No entanto, por causa da pandemia, os organizadores da marcha decidiram cancelar o evento deste ano.

No ano passado, a marcha atraiu 3 milhões de pessoas e gerou R$ 217 milhões para a prefeitura.

Covas disse que a organização do evento já avisou à prefeitura que não fará a marcha no dia 2 de novembro de forma presencial. Nos próximos dias, os organizadores vão apresentar à prefeitura outro formato para realização da marcha, que não será presencial, informou o prefeito.

Já a tradicional Parada LGBTQI+, que seria realizada no dia 14 de junho, ocorreu de forma virtual. Os organizadores haviam, inicialmente, adiado o evento para 29 de novembro, mas, também por causa da pandemia, optaram pelo cancelamento. No ano passado, a parada atraiu 3 milhões de pessoas e gerou para a prefeitura benefício econômico de R$ 404 milhões.

No dia 17 de julho, o prefeito já havia anunciado o cancelamento do réveillon da Paulista, comemoração de ano-novo que atrai milhares de pessoas, todos os anos, para a Avenida Paulista.

São Silvestre

A realização de outro evento tradicional no calendário paulistano, a Corrida São Silvestre, disputada no último dia do ano, ainda está sendo analisada.

De acordo com Bruno Covas, a prefeitura já entrou em contato com os organizadores da corrida de rua para avaliar se a prova será adiada ou cancelada.

Fórmula 1

Nesta sexta-feira, foi anunciado o cancelamento do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que é realizado desde 1973 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A prova é disputada de forma ininterrupta desde 1990.