Os atos antidemocráticos em Brasília completaram um mês e as investigações ainda seguem em busca de respostas. No dia 8 de janeiro, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional foram alvos de atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Relembre o que foi feito pelo governo e o que já se sabe até agora.
Intervenção
Poucas horas após os atos de vandalismo, presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, que durou até o dia 31 de janeiro.
Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres.
Ele estava de férias nos Estados Unidos no momento da invasão e foi preso no dia 13 de janeiro. Durante uma operação de busca e apreensão em sua casa, foi descoberta uma minuta de golpe após as eleições.
O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha foi afastado do cargo.
Acampamentos Bolsonaristas
No dia seguinte aos atos, o STF determinou a desocupação dos acampamentos em frente aos quartéis militares e prisão de seus participantes. Mais de 100 acampamentos foram desmontados em todo o país e mais de mil pessoas foram levadas para a Polícia Federal.
Agentes de segurança
As investigações também apuram a omissão de agentes de segurança que estavam em operação no dia 8 de janeiro.
Isso levou Lula a promover a desmilitarização do Planalto, sendo que pelo menos 155 militares foram dispensados de postos do Gabinete de Segurança Institucional e também da Coordenação de Administração do Palácio do Alvorada. O comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, foi demitido.
Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal deu início à operação Lesa Pátria. Já foram realizadas 5 fases para identificar pessoas que participaram dos atos antidemocráticos e promoveram dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos dos prédios públicos.
Prejeuízos
Além da estrutura dos prédios públicos e móveis, os participantes dos atos antidemocráticos também destruíram e vandalizaram obras de arte e peças raras. É o caso do relógio trazido Dom João 6º em 1808 e um painel de 3 metros de Di Cavalcanti.
O governo estima que o prejuízo será de mais de R$ 8 milhões só para recuperar as obras que estavam no Palácio do Planalto. Ainda há as obras que estavam no STF e no Congresso.
Governo divulga vídeo institucional sobre os atos
O Palácio do Planalto divulgou um vídeo institucional para relembrar o primeiro mês após os atos antidemocráticos.
O material reúne imagens do circuito interno de segurança do dia 8 de janeiro, além de vídeos oficiais feitos pelo governo após a destruição e registros da reconstrução do prédio.
Lula compartilhou o vídeo em seu Twitter e afirmou que, depois de um mês, o governo segue trabalhando firme na “defesa da democracia, união e reconstrução do país”.
(*) Com informações do InfoMoney