Menina que abortou depois de estupro pode mudar de nome e cidade

A menina de 10 anos que foi submetida a um aborto após ser vítima de estupro foi inserida no Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas

Menina que abortou depois de estupro pode mudar de nome e cidade
Foto: Reprodução / Twitter

A menina de 10 anos que foi submetida a um aborto após ser vítima de estupro foi inserida no Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas de Violência (Provita) na manhã da última quinta-feira (19).

A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo. A pasta informou que, caso a menina e os familiares queiram, há a possibilidade de mudança de seu nome.

A criança vai receber ajuda para ter a garantia da integridade física e psicológica e acesso a direitos, como convivência familiar e comunitária.

O programa também vai acolher a avó e demais parentes que necessitarem de proteção ou que possam contribuir com o bem-estar da menina.

A secretaria explicou que o programa tem caráter sigiloso e mais informações sobre a criança e a família dela não serão repassadas. Ao todo, o Provita atende 55 pessoas, a maioria testemunhas de homicídios ou sobreviventes.

O caso

De acordo com a investigação policial, a criança foi vítima de abusos sexuais pelo próprio tio, preso em Betim (MG), após tentativa de fuga. Ele é acusado de estupro de vulnerável. A menina disse que era vítima de abuso dele desde que tinha 6 anos.

A criança foi submetida à interrupção da gravidez no domingo (16), sob protestos de grupos que foram até a porta do hospital e hostilizaram profissionais de saúde.

A ministra Damares Alves (Mulher, Família, Direitos Humanos) solicitou apuração do vazamento de dados sigilosos sobre a menina de 10 anos que sofria abusos sexuais pelo tio, em São Mateus, no Espírito Santo.

Em ofício encaminhado ao ministro André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) na última quarta-feira (19), Damares sugeriu o encaminhamento do caso à Polícia Federal.

Na mesma data, o MP-ES (Ministério Público do Espírito Santo) acionou a Justiça contra Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Apesar de o caso estar protegido por segredo de justiça, a militante bolsonarista divulgou dados pessoais da menina.

Na quinta-feira (20), o MP-ES (Ministério Público do Espírito Santo) abriu ação civil pública contra Pedro Teodoro dos Santos, filiado ao PSL. Ele teria invadido a casa da menina. Assim como Sara, divulgou o nome da vítima nas redes sociais.

 

*Com informações do Poder 360*