O julgamento do médico Giovanni Quintella Bezerra gravado estuprando uma grávida na sala de parto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, começa nesta segunda-feira (12), cinco meses depois da prisão em flagrante dele no Hospital da Mulher, na Baixada Fluminense. A audiência está prevista para às 11h no Fórum de São João de Meriti.
Giovanni responde por estupro de vulnerável e está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior. E isolado por causa de ameaças. O médico virou réu em julho. Além do estupro durante o parto filmado, a polícia investigou outros casos.
De acordo com o inquérito, o médico detido realizou sete aplicações de sedativos na vítima. Os peritos dizem que a quantidade de anestésicos extrapolou o que é habitualmente utilizado em uma cesariana.
A audiência de instrução e julgamento pode durar no máximo 60 dias. Primeiro serão ouvidas a vítima e seu marido, depois as 8 testemunhas de acusação e em seguida as oito testemunhas de defesa.
Então, abre-se espaço para esclarecimentos da perícia e, por último, o depoimento de Giovanni, que vai ser ouvido por videoconferência, para evitar que sua presença intimide a vítima ou as testemunhas e também por questões de segurança.
“A gente espera que ele seja condenado a pena máxima, de 15 anos de prisão”, diz um dos advogados da vítima, Francisco Valdeir da Silva. “Foi contra a mulher, na sala de parto. É uma violência contra a mulher, ele violou um dever de profissão dele, então, só aí temos 3 agravantes. E por se tratar de um crime hediondo, quando se junto tudo isso, vai se acrescer mais da metade da pena dele”, diz outro advogado, Francisco Bandeira de Lima.
“Eu quero que ele não possa tocar em mulher nenhuma dessa forma”, diz a vítima do estupro.
(*) Com informações do G1