Inspirado na Coreia do Sul, Paraná fará testagem em massa contra a covid-19

O estado tem atualmente 1.407 casos do novo coronavírus, o menor número de confirmações da região Sul. Em mortes, por outro lado, Paraná lidera na região, com 83 óbitos.

Foto: Divulgação/ Josué Damacena (IO)

O Paraná anunciou nesta sexta-feira (01) que adotará a testagem em massa como estratégia de combate e monitoramento do novo coronavírus no estado. A capacidade diária de testes aumentará em 830%, passando de 600 para até 5.600 e iniciará na segunda quinzena de maio.

A medida, segundo o governo, é inspirada em países que adotaram a testagem em massa e conseguiram ter resultados mais precisos para o controle da covid-19, a exemplo da Coreia do Sul. A estratégia também tem recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país asiático conta em média 11 mil testes por dia para uma população de 51 milhões de habitantes. Apesar de prever a metade de coletas e análises diárias que a Coreia do Sul, Paraná contabiliza uma população quatro vezes menor, com 11,4 milhões.

O estado tem atualmente 1.407 casos do novo coronavírus, o menor número de confirmações da região Sul. Em mortes, por outro lado, Paraná lidera na região, com 83 óbitos.

Segundo o governo do Paraná, a testagem em massa se tornou viável após acordo entre o Laboratório Central do Estado (Lacen) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A parceria viabilizou oito novas plataformas de testes, totalizando dez estruturas. As únicas duas até então tinham capacidade para 600 análises diárias.

O acordo permite ao Paraná repetir a estratégia de testagem em massa, ação de sucesso no controle à covid-19 em países como Coreia do Sul, Islândia, Croácia, Chile, Austrália, entre outros”, ratificou em comunicado o governo.

Atualmente, apenas com o Lacen, Paraná consegue testar somente pacientes com sintomas graves ou pessoas que tiveram contato com casos confirmados, além de profissionais de saúde e da segurança pública. O raio de monitoramento agora será ampliado para trabalhadores de áreas não essenciais, idosos em instituições e demais pessoas assintomáticas.

“Estatísticas apontam que locais com maior número de testes por milhão de habitantes tendem a ter um menor número de mortes por covid-19”, afirmou o governo, acrescentando que a intenção é entregar o resultado em até 48 horas para isolar de forma mais efetiva o paciente em caso de confirmação.

 

 

(*) Com informações do UOL