A Marinha do Brasil informou hoje, em nota, que as operações para retirada das novas manchas de óleo na costa recolheram, entre sexta-feira (18) e ontem, 525 toneladas do material nos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco.
Participaram da ação, além de militares da Marinha, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Petrobras, estados, municípios e voluntários.
“O esforço coordenado desses órgãos, a despeito das dificuldades, e a ação de voluntários já recuperaram a maioria das praias, coletando mais 525 toneladas de resíduos”, informa o texto.
Além dos três estados informados na nota, Sergipe também contou com retiradas de óleo das praias durante esta semana.
Segundo a Marinha, as manchas de óleo atingiram 2.250 km da costa nordestina, de Alcântara (MA) a Salvador.
Pelo balanço de ontem do Ibama, havia 200 praias já contaminadas pelo óleo na região. O número de municípios não foi informado, mas até a sexta eram 72 as cidades atingidas.
Segundo a Marinha, não foram avistadas manchas ao sul de Salvador, o que sugere que o óleo vazado encontra seu limite ao sul na capital baiana. Entretanto, não é possível ter certeza já que se trata de um evento inédito em duração e extensão, além de não se conhecer ainda o local de vazamento dos resíduos.
Bala perdida se projetou em toda costa
Segundo o chefe do Estado Maior do Comando de Operações Navais, almirante Alexandre Rabello de Faria, existem dificuldades operacionais em conseguir descobrir a origem do vazamento.
“Nossa área de investigação é 800 km horizontal e 500 km vertical. Estamos vendo dados desde agosto, foram investigados 1.060 navios de interesse na área. Não quer dizer que só esses trafegaram, é muito mais que isso”, disse, durante audiência pública no Senado na quinta-feira.
A Marinha, entretanto, filtrou os dados e convocou 30 embarcações de 10 países diferentes para que prestem esclarecimentos.
“Temos uma bala perdida, que se projetou em toda costa. Temos a evidência, mas estamos procurando a arma e quem usou. A dificuldade é muito grande”, comparou o almirante.
*Com informações do UOL*