Manaus decreta situação de emergência por 180 dias pela seca do Rio Negro

A medida busca enfrentar os impactos da da estiagem

Foto: Antônio Lima/ Secom

A Prefeitura de Manaus decretou nessa quarta-feira (11), situação de emergência por 180 dias em decorrência da estiagem que atinge o estado do Amazonas e a capital.

“Esse decreto nos ajudará a levar a atenção básica pública para todas as famílias que podem sofrer com a seca. Vamos nos unir e trabalhar ao máximo pra minimizar as consequências desse delicado período”, publicou David Almeida nas redes sociais.

A medida busca enfrentar os impactos da seca severa, que já afeta população e coloca em risco comunidades ribeirinhas. Além de permitir ações emergenciais, o decreto autoriza a mobilização de recursos e parcerias para minimizar os efeitos sociais, econômicos e ambientais provocados pela estiagem prolongada.

Nesta quinta feira (12), o Rio Negro, em Manaus, atingiu a cota de 17,02 m. Uma diferença de 4,32 m da menor cota já registrada, que ocorreu no dia 26 de outubro de 2023, quando o Rio Negro chegou a marca histórica de 12,70 m na capital.

Em razão da seca que atinge todo estado, o o governo do Amazonas já havia declarado situação de emergência nos 62 municípios no dia 28 de agosto.

Mais de 360 mil pessoas – o que equivale a cerca de 90 mil famílias – já foram afetadas, segundo a Defesa Civil Estadual.

Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.