Amazonas transfere 21 pacientes para os estados do Maranhão e Piauí

A transferência dos pacientes é feita por meio de classificação de risco do protocolo de Manchester, que estabelece as prioridades de atendimento de acordo com a gravidade dos casos

Amazonas transfere 21 pacientes para os estados do Maranhão e Piauí
Foto: Rodrigo Santos / Secom

Um total de 21 pacientes de quatro unidades de saúde de Manaus foram transferidos, nesta sexta-feira (15), para hospitais do Maranhão e Piauí. Os pacientes foram transportados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ao longo do dia.

A transferência ocorre após a empresa White Martins, responsável pelo abastecimento de oxigênio das unidades de saúde do Estado, sinalizar dificuldade de abastecimento, devido ao aumento das internações nos últimos 15 dias.

Veja também: Policiais fazem escolta de cilindros doados por ONG a comunidade indígena

Os pacientes enviados para os dois estados estavam internados no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) Danilo Corrêa, São Raimundo, Joventina Dias e Coroado. Do total de 21 pacientes, nove foram encaminhados para o Piauí no início da manhã e 12 para o estado do Maranhão, no final da noite.  A transferência é feita em voos da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem atuado na força-tarefa ao lado do Governo do Estado e Ministério da Saúde (MS) no enfrentamento da covid-19.

Nos dois Estados, os pacientes estão sendo internados em hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O secretário de Estado de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, destaca que a ação é um esforço conjunto do Governo Federal, Governo do Amazonas e solidariedade dos demais Estados brasileiros.

“Nós estamos atuando num único objetivo de salvar o maior número de vidas possível. O esforço da transferência para outros estados, além de dar uma garantia de atendimento para onde estão sendo referenciados, também eles deixam de utilizar o oxigênio aqui, tirando um pouco da pressão da rede no Estado. É um processo também para aliviar um pouco a rede no consumo de oxigênio até a normalização”, disse Marcellus.

A transferência dos pacientes é feita por meio de classificação de risco do protocolo de Manchester, que estabelece as prioridades de atendimento de acordo com a gravidade dos casos. O paciente que for transferido deve apresentar sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial) em estabilidade, além de assinar um termo de consentimento para a transferência.

Psicossocial

O Governo do Estado montou uma força-tarefa de assistência social para atender os familiares das pessoas que estão recebendo tratamento fora do Amazonas.

“A equipe do governo do Amazonas acompanha os pacientes durante o voo, estão com nossos pacientes nesse acompanhamento, e também a equipe do trabalho psicossocial no acompanhamento das famílias que ficam aqui na orientação dos pacientes, para que os familiares que ficam em Manaus possam ter notícias e os boletins referentes aos seus familiares”, acrescentou Marcellus.