De janeiro até agosto deste ano, o Amazonas teve 660 pessoas vítimas de acidentes de trabalho. Os dados são do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). A maior parte das vítimas atua como autônomo, na sequência aparecem os profissionais da agricultura.
Das 660 vítimas desses acidentes, 246 já estão recuperadas. No estado, a maior parte das vítimas está na faixa etária de 30 a 40 anos.
Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinnam), 225 pessoas que trabalham como profissionais autônomos sofreram acidentes relacionados ao exercício profissional nos últimos oito meses deste ano.
O número de casos é o maior em três anos. Entre janeiro e agosto de 2020, foram 627 vítimas e, em 2021, foram registrados 495 acidentes, no período.
Todos os trabalhadores podem receber atendimento e devem procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) ou o setor privado. A FVS só é responsável pelo monitoramento dos casos de acidentes envolvendo o trabalhador.
O Ministério da Saúde classifica como acidente de trabalho intercorrências que acontecem durante o exercício da função ou na volta para casa, ocasionando a redução temporária ou permanente para a capacidade do trabalho ou morte. Alguns pacientes podem adquirir sequelas como transtornos mentais e problemas nas articulações.
Para a coordenadora da Cerest, Cinthia Santos, algumas profissões trazem maior exposição de risco. “Por exemplo, na construção civil, eles podem sofrer quedas de um prédio. Já para os profissionais da área da saúde, como enfermeiros, podem se machucar com os equipamentos que utilizam. Outra situação consiste nos motoristas de aplicativos e motoboys ao se envolverem em acidentes de trânsito”, exemplificou.
Conforme os dados da FVS, entre as dez ocupações profissionais com maior incidência de acidentes estão os autônomos. Depois trabalhadores do setor da agricultura, com 176 acidentes.
“Esse número reforça os perigos que o trabalhador corre ao manusear equipamentos como máquinas e enxadas, além do risco em ser contaminado por animais peçonhentos”, disse Cinthia.
Em seguida a lista continua com os demais profissionais: pedreiro (38); Agente Comunitário de Saúde (24); Técnico em enfermagem (19); Marceneiro (15); Motociclista no transporte de documentos (14), Açougueiro (13) e Eletricista de instalação (13).
(*) Com informações da assessoria