Ex-prefeito de Parintins se torna alvo de novo inquérito no MP-AM

Carlos Alexandre foi condenado em abril desse ano por falta de prestação de contas em recursos federais.

Após ter sido condenado em abril deste ano por crime de responsabilidade em recursos federais, o ex-prefeito de Parintins, Carlos Alexandre Ferreira da Silva, o Alexandre da Carbrás, se torna alvo de um inquérito pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM). O ex-prefeito volta a ser investigado pela falta de prestação de contas em 2015 ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).

A juíza Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas, condenou o ex-prefeito de Parintins por crime de responsabilidade. Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), ele deixou de prestar contas sobre recursos federais repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 2014 e 2015.

O novo inquérito aberto pelo promotor Marcelo Bitarães busca realizar a investigação sob o mesmo objeto – a falta de prestação de contas – mas dessa vez acionado pela justiça de contas do estado do Amazonas.

Os recursos foram repassados ao município no âmbito do Programa Projovem Urbano, nos valores de R$ 567.091,80 em 2014 e R$ 340.104,60 em 2015. O ex-prefeito foi notificado, em 2016, pelo FNDE sobre a ausência das prestações de contas e, ainda assim, não regularizou a situação.

Veja documentos na íntegra 

Condenação

O MPF sustentou que Carlos Alexandre prestou contas, em dezembro de 2016, de repasses de recursos recebidos em 2013, mas não apresentou as prestações de contas de 2014 e 2015, nem mesmo alguma justificativa administrativa ou judicial para a omissão, o que comprova o descaso com o patrimônio público.

A Justiça Federal condenou o ex-prefeito pelo crime de responsabilidade previsto no artigo 1º, inciso VII, do Decreto-Lei n. 201/196. Ele foi condenado a pena de reclusão de um ano, transformada em pagamento de dez salários-mínimos, conforme previsão do Código Penal.

Carlos Alexandre também ficará inabilitado para exercer cargo ou função pública pelo prazo de cinco anos, tendo também suspensos os direitos políticos.