De acordo com as investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Andres Eduardo Munoz Pinto, 31 anos, recebeu R$ 300, para matar com 12 facadas a venezuelana Yeimy Yenileth Rodriguez, 27 anos. A mandante do crime seria sua sogra, Tereza de Jesus Hernandez Beomon, 37 anos. Yemy foi encontrada morta dentro de sua casa no último dia 5 de julho, na rua Asa Branca, bairro Mauazinho, zona Sul de Manaus. Inicialmente, a polícia trabalhava com a hipótese de latrocínio. No entanto, moradores da área já sabiam dos desentendimentos constantes entre Tereza e a vítima.
Segundo a delegada Debora Barreiros, responsável pelo caso, a suspeita, também venezuelana e vizinha da vítima, teria mandado matar Yeimy por não aprovar o relacionamento entre ela e o filho de 17 anos. A relação da vítima com o jovem era sempre o motivo de brigas, que segundo relatos, muitas vezes terminavam em agressões físicas. Em uma delas, Tereza teria puxado uma faca para Yeimy e a ameaçado de morte.
“O fato é que essa senhora não aceitava [relacionamento], achava que o rapaz era bastante jovem. Então, elas viviam brigando, não podiam se encontrar que sempre discutiam”, disse a delegada responsável pelo caso.
Em depoimento, Andreas Muñoz confessou que matou Yeimy a mando de Tereza, que teria feito o pagamento de R$ 300 para ele cometer o crime. Andreas veio da Venezuela junto com a mandante e teria um relacionamento com uma sobrinha da suspeita.
Muñoz foi preso em Boa Vista por policiais do estado e trazido de volta para a Manaus. Ele tinha um mandado de prisão preventiva em aberto pelo assassinato da venezuelana.
Tereza foi detida por equipes da DEHS, e embora não tenha resistido a prisão, a suspeita afirmou que a história é mentirosa e que apesar de não aprovar o relacionamento do filho, as duas viviam em harmonia e que, inclusive, a vítima teria morado um tempo em sua casa.
A participação do namorado da vítima, o jovem de 17 anos, foi descartada por Andreas. Em breve depoimento, ele confirmou que a rixa era entre sogra e nora. Ele ainda será ouvido formalmente pela equipe de investigação.
