Um tribunal da Coreia do Sul sentenciou nesta segunda-feira (18) o vice-presidente do conselho de administração da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, a dois anos e meio de prisão por subornar uma autoridade ligada a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.
Segundo a agência de notícias Reuters, o caso começou em 2017, quando Jay foi julgado por subornar a ex-presidente. Ele cumpriu um ano de prisão e saiu após um tribunal de apelações suspender o processo em 2018.
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Em 2019, a Suprema Corte do país ordenou que o executivo de 52 anos fosse julgado novamente.
O entendimento da justiça sul-coreana é que Jay Y. Lee pagou propina à amiga da ex-presidente em troca de privilégios concedidos pelo governo à empresa. Ele nega as acusações. O caso de corrupção envolvia Choi Soon-Sil, uma amiga da ex-presidente que ficou conhecida como Rasputina.
O Tribunal Superior de Seul considerou Lee culpado de suborno, apropriação indevida e dissimulação de receitas no valor de cerca de 8,6 bilhões de won (cerca de R$ 41,4 milhões) e disse que o comitê independente de compliance criado pela Samsung no início do ano passado ainda não entrou em vigor.
Compliance, termo em inglês para “conformidade”, é o conjunto de normas e procedimentos para evitar desvios de função em empresas, como pagamentos de propinas e vantagens indevidas a servidores públicos ou fornecedores.
“(Lee) mostrou disposição para a gestão com um compliance reforçado, já que prometeu criar uma empresa transparente”, disse o presidente do tribunal Jeong Jun-yeong. “Apesar de algumas deficiências […] Espero que, com o tempo, isso seja avaliado como um marco na história das empresas coreanas como um começo para o compliance e a ética”, disse ele.
Lee não se manifestou sobre a sentença.
*Com informações do Metrópoles*