O Centro Universitário Fametro realiza, na próxima terça-feira (29), a terceira edição do “Setembro Vermelho Animal”, campanha que alerta para a importância dos cuidados com o coração. Neste dia, estudantes e professores do curso de Medicina Veterinária estarão realizando gratuitamente avaliação em cães e gatos para checagem de possíveis problemas cardíacos.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Fametro, Marina Pandolphi Brolio, explica que a data foi escolhida por ser o Dia Mundial do Coração. Ela diz que o Setembro Vermelho iniciou com uma campanha para alertar sobre os problemas no coração em humanos e com o tempo passou a ser adotado também para chamar a atenção para os cuidados com os animais de estimação.
A ação de avaliação será realizada em animais a partir dos sete anos, faixa etária com maior incidência de problemas cardíacos. Os animais passarão por exame físico geral, avaliação cardíaca com exames complementares de aferição de pressão arterial e eletrocardiograma. Os pets atendidos também receberão vermifugação oral e aplicação de antipulgas e carrapaticidas tópicos.
A ação acontece das 8h às 12h. Para respeitar as normas de distanciamento social e evitar aglomerações os atendimentos serão agendados previamente, via e-mail–setembrovermelhoanimal@gmail.com. Os interessados receberão um questionário para preencher.
Segundo a coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Fametro, Marina Pandolphi Brolio, nos últimos anos a qualidade de vida dos pets melhorou muito, e isso elevou a expectativa de vida. A população idosa de cães e gatos aumentou, e com isso as cardiopatias em animais de companhia são cada vez mais comuns. Estima-se que cerca de 35 a 40% dos cães com mais de oito anos tenham algum grau de cardiopatia. Algumas raças também têm certas predisposições a doenças cardíacas e merecem atenção especial.
Os animais idosos são mais predispostos a manifestarem doenças cardíacas, por isso, é importante realizar um check up anual nos pacientes a partir dos sete anos de idade. “As cardiopatias podem se desenvolver de forma silenciosa, muitas vezes, os sintomas demoram a aparecer, por isso os tutores não percebem que há algo errado e procuram o médico veterinário tardiamente”, destacou.
De acordo com Marina, alguns fatores de risco para o desenvolvimento de cardiopatias, além da idade, são obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e predisposição genética. Entre os sintomas que podem servir de alerta para os tutores de pets estão fadiga e cansaço fácil, perda de apetite, emagrecimento, língua e mucosas arroxeadas a azuladas, respiração acelerada, tosse seca, desmaios e falta de ar. As cardiopatias não têm cura, seu caráter é progressivo, porém, o acompanhamento médico e o tratamento correto são essenciais para controle dos sinais clínicos e manutenção da qualidade de vida dos animais.