Deputados ingressam com ação no MP contra aumento de salários do primeiro escalão

Através da Lei Delegada nº 123, aprovada em 31 de outubro do ano passado pela base governista na Aleam, o Governo alterou as remunerações de 140 nomes.

Deputados da oposição, Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (PP)

Os deputados Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (PP) irão ingressar com uma representação no Ministério Público do Estado (MP-AM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) contra a decisão do Governo do Amazonas de aumentar em 225% os vencimentos de funcionários lotados em cargos de alto escalão do Executivo, que elevou a folha de pagamento do Estado em mais de R$ 1,8 milhão.

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Através da Lei Delegada nº 123, aprovada em 31 de outubro do ano passado pela base governista na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o Governo alterou as remunerações dos Secretários Executivos, inclusive os destinados à Casa Civil e à Vice-Governadoria, os secretários executivos, executivos adjuntos, diretores de autarquias e fundações, bem como titulares de outros cargos de confiança, totalizando 140 nomes.

A ação dos parlamentares visa a nulidade do ato do Executivo, o que pode gerar uma economia de R$ 25 milhões dos cofres públicos e evitar que o Governo continue a ter ‘carta branca’ com a Lei Delegada.

“Esse reajuste é afrontoso para a sociedade, vergonhoso, pois é um tapa na cara do servidor público, que terá seu salário congelado pelos próximos três anos pelo próprio Governo. Estamos falando de quase R$ 25 milhões por ano em quase 200 cargos. Vamos ingressar com uma representação no Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado para tornar esse ano sem efeito. Esse aumento é ilegal, indecente e imoral”, comentou Wilker Barreto.

Já Dermilson Chagas afirmou que o “Governo não cansa de tomar decisões esdrúxulas, operando de forma estranha, confusa e que confia na impunidade”.

 

*Com informações da assessoria*